O grande ator voltou aos palcos (Museu da Marioneta, 17.06) com excertos de D. Quixote, depois de longa paragem.
Luis Miguel Cintra assina a encenação de Pequeno Teatro Ad Usum Delphini Vanitas, peça que estaraá em cena até 7 de julho.
A pertinência do texto é clara para o ator: “D. Quixote é um cavaleiro andante, dos que t~em um ideal de nobreza e valentia, de perfeição ética, e isso é o oposto ao que assistimos na sociedade atual, em que sinto que desaparceu o sonho, a utopia.” (JL, 16-29 junho) .
Numa entrevista ao JL, Luís Miguel Cintra recorda, entre outras coisas que guarda na memória, os Caretos de Trás-os-Montes, de que temos uma exposição virtual inaugurada em fevereiro.
Recorda-se que o ator e encenador esteve no Estúdio do Instituto Multimédia a gravar um texto de Manoel Oliveira, sobre o cinema e o capital, do qual se fez um DVD, na altura oferecido ao cineasta.
Na entrevista referida, LMC alude à doença que o afeta (parkinson) e faz um alerta: ” a maneira como se está a conduzir o furturo do mundo e a civilização ocidental é errada, porque não satisfaz os nossos anseios e desejos de felicidade.” Reforça: “Tem que haver uma grande mudança”. Mais: “As não se podem resignar, devem continuar a lutar mesmo por aquelas coisas que nos querem convencer que são impossíveis”.